Laudelino de Oliveira Freire (Laudelino Freire), nasceu em Lagarto, em 26 de janeiro de 1873. Foi advogado, jornalista, professor, político, crítico e simplificador da língua materna, filólogo, membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e membro e presidente da Academia Brasileira de Letras. Este símbolo da genialidade lagartense e brasileira, imortalizado nas ruas e monumentos da terra papa-jaca e do país, é patrono da cadeira de n° 2 da Academia Lagartense de Letras.

Laudelino Freire iniciou sua carreira acadêmica na Escola Militar do Rio de Janeiro, mas interrompeu seu curso em razão de uma doença, de volta a Sergipe, exerceu três mandatos de Deputado Estadual. Anos depois, fixou-se na capital da República, formando-se em Direito (em 1902). No Rio de Janeiro lecionou diversas disciplinas no Colégio Militar (Português, Espanhol, Geografia, História e Geometria) e consolidou sua carreira jornalística sob os pseudônimos de Lof e Wulf. Ele foi diretor da Gazeta de Notícias e colaborador de jornais e revistas, destacando-se por sua participação no Jornal do Brasil, Jornal do Comércio e O País, para além de ser fundador e diretor da Revista de Língua Portuguesa (1918) e da Estante Clássica.

Seu esmero em prol da língua nacional lhe rendeu um convite, em 1920, por parte da Liga da Defesa Nacional, para proferir a conferência “A defesa da língua nacional”. Um de seus maiores feitos como intelectual foi o Grande e Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa lançado postumamente (em cinco volumes e três edições), entre 1939 e 1944. Este dicionário foi a obra-símbolo da vida do autor que reuniu ali todo engajamento da memória social da comunidade linguística brasileira em sua inteireza histórico-cultural.

Laudelino Freire falece no Rio de Janeiro em 18 junho de 1937 deixando o país órfão do seu monumental legado cultural de grande monta, entre eles História de Sergipe (1900), Sílvio Romero (1900), Estudos de Filosofia e Moral (1912), Um Século de Pintura (1916), Verbos Portugueses (1925), Seleta da Língua Portuguesa (1934), Linguagem e Estilo (1937), dentre outras no campo da história, da crítica e da sua paixão por filologia.

Bibliografia de Laudelino Freire

Escritos diversos (1897), História de Sergipe (1900), Sílvio Romero (1900), Linhas de Polêmica (1901), Sonetos Brasileiros (1904), Os Próceres da Crítica (1911), Estudos de Filosofia e Moral (1912), As suas Contradições, Resposta a Sílvio Romero, (1914), Um Século de Pintura, (1916), Rio Branco (1918), A defesa da Língua Nacional (1920), Clássicos Brasileiros (1923), Verbos Portugueses (1925), Discursos (1925), Livros de Camilo (1925), Notas e Perfis, 11 vols., (1925-1930), Graças e Galas da Linguagem (1931), Seleta da Língua Portuguesa (1934) e Linguagem e Estilo (1937).

Referências:

Academia Brasileira de Letras. Disponível em: < https://www.academia.org.br/academicos/laudelino-freire>, acessado em 18/04/2024.

BARBOSA, Assuero Cardoso; SANTOS, Claudefranklin Monteiro (Org.). Doutor Laudelino de Oliveira Freire (Ensaios, História e Memória). 1. ed. Aracaju, SE: Criação Editora, 2023.

Autores: José Uesele Oliveira Nascimento e Manoel Ribeiro Andrade (NMPH/DAC/SECULT).

Última atualização em 24 de abril de 2024