“A História da Umbanda: uma religião genuinamente brasileira” é o tema da exposição que está aberta até o dia 5 de junho na Biblioteca Pública Municipal José Vicente de Carvalho, localizada na Rua Hipólito Santos, 32, Centro, no município de Lagarto. O tema é uma celebração aos 110 anos da manifestação religiosa no país.
Entre fotografias e textos, a mostra composta por painéis apresenta em um formato cronológico o surgimento da Umbanda no país em 1908, o crescimento e desafios, levando os visitantes a refletir sobre intolerância. “Muitas pessoas nem sabem que a Umbanda surgiu no Brasil, no Rio de Janeiro, por meio de Zélio Fernandino de Morais e é uma religião que faz a pratica da caridade, fé e amor”, explica o mestre em Educação e dirigente do Centro Caboclo Tupy, Fábio Maurício Fonseca Santos.
Durante a exposição os visitantes podem conhecer o livro “Uma luz em minha vida: Umbanda”, de Fábio Maurício, da servidora pública, Thais Lima e da jornalista, Cândida Oliveira. Na obra inédita do Centro Caboclo Tupy, relatos, depoimentos e observações de fatos ocorridos com irmãos umbandistas, ajudando numa melhor compreensão da religião.
“Como se afirma no prefácio, a Umbanda é uma religião de fato e de direito que, ao longo do tempo, tem ganhado adeptos no mundo inteiro. O direito à crença é explorado na obra, quando se pauta o respeito e o direito de ser o que quiser, sem julgamentos”, analisa Thais Lima.
O objetivo principal do livro é passar uma mensagem de esperança, de fortalecimento da fé numa crença. Não se tem a aspiração de mercantilização da religião e de seus componentes, mas sim a apresentação de relatos de pessoas comuns que encontraram um rumo na vida, que voltaram a ter confiança, que foram resgatadas e que, aos poucos, mudaram comportamentos e pensamentos negativos.
O cordel “A História da Umbanda”, da pedagoga e presidente da Academia Sergipana de Cordel, Izabel Nascimento pode ser conhecido durante a exposição e também fará parte da Cordelteca de Lagarto, que será inaugurada dia 13 de junho. “A literatura de cordel conta a história de uma religião e apresenta as pessoas o que a poesia tem de melhor, que é a arte de informar, de fazer com que as pessoas transformem preconceitos e mitos sobre a religião em conhecimento”.
Para o coordenador da Biblioteca Assuero Cardoso Barbosa, é importante para a Biblioteca e a comunidade de Lagarto receber a exposição “não apenas pelo fato de mais conhecimento, mas pela questão também do respeito às crenças e pela viagem às riquezas e tradições brasileiras”.
Última atualização em 29 de maio de 2019